Fixismo
Criacionismo
As explicações fixistas foram fortalecidas pela cultura judaico-cristã cujas ideias sobre a criação se basearam na interpretação textual do Livro dos Génesis.
Deus disse: «Que a Terra produza seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies, (...)» A Terra produziu verdura, erva com semente, segundo a sua espécie, e árvores de fruto, segundo as suas espécies. Génesis 1, 11-12
"Deus disse: «Que a Terra produza seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais ferozes, segundo as suas espécies». Deus fez os animais domésticos segundo as suas espéciess, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies." Génesis 1, 24-25.
Estas ideias, segundo as quais "Deus fez todas as criaturas da Terra segundo as sua espécies" coincidam com o pensamento de Aristóteles e tiveram grande divulgação na Idade Média com a expansão do Cristianismo.
Evolucionismo
Catastrofismo
Georges Cuvier, foi um dos primeiros a dedicar-se ao estudo dos fósseis. Com base no registo fóssil, este naturalista procurou fazer a reconstrução dos animais, através dos vestígios fósseis que ia encontrando. E é a partir daí, do estudo dos fósseis, que Cuvier chega à conclusão que no passado existiram espécies diferentes das atuais. Contudo, verificou que algumas espécies desaparecem repentinamente de um estrato para outro, mas interpretou isto como resultado de uma sucessão de catástrofes que ocorreram na Terra, conduzido à extinção dos seres vivos.
“As diferenças ter-se-ão ficado a dever a cataclismos, tais como dilúvios ou secas, as quais terão destruído as formas pré-existentes, sobrevindo a cada cataclismo um novo repovoamento, com novas
espécies.” Cuvier
Cuvier, embora fosse um fixista, com a sua teoria conseguiu que fosse abandonada a teoria fixista, pois se as espécies fossem imutáveis, então dever-se-iam encontrar as mesmas espécies em todos os estratos rochosos.
“Cada estrato é caracterizado por um único conjunto de espécies fósseis e quanto mais antigo (profundo) for o estrato, maior é a diferença dos caracteres da fauna e da flora comparativamente aos representantes da vida moderna.” Cuvier
Argumentos a favor do evolucionismo
- Paleontologia
Os fósseis ao revelarem espécies que não existem na actualidade estão a contrariar a ideia da imutabilidade, apoiando o evolucionismo.
A descoberta de séries completas de fósseis ilustram a modificações graduais sofridas ao longo do tempo e ajudam a construir árvores filogenéticas.
Fósseis que apresentam características intermédias entre duas espécies, são conhecidos por fósseis de transição, estes permitem confirmar a existência de um antepassado comum a ambas as espécies.
- Anatomia comparada
Estudos de anatomia revelaram que animais muito diferentes têm sistemas anatómicos morfologicamente idênticos, o que apoia a evolução dos organismos a partir de um ancestral comum. a seguinte figura mostra as semelhanças anatómicas na estrutura dos membros superiores dos vertebrados e nas asas de um insecto e de uma ave:
Com os estudos da anatomia comparada foi possível constatar que muitos organismos possuem órgãos anatómica e fisiologicamente idênticos (ex: membros superiores dos vertebrados). Os órgãos que apresentam estruturas semelhantes, com a mesma sequência e origem embrionária denominam-se de homólogos. A sua evolução é explicada por fenómenos de divergência, em que a adaptação a diferentes ambientes implicou a diversidade funcional. Assim, as estruturas foram sendo adaptadas para diferentes funções. São exemplos de órgãos homólogos os membros anteriores dos vertebrados, as peças bucais dos insectos e as folhas e pétalas das plantas. A figura seguinte ilustra a existência de órgãos homólogos entre o chimpanzé e o Homem:
Pelo contrário, existem órgãos que desempenham funções idênticas, as asas de um pássaro e de um insecto, mas que são anatomicamente diferentes e com origem embrionária muito díspar. Neste caso são denominadas de órgãos análogos. A origem destes órgãos é explicada por fenómenos de convergência, em que os órgãos desempenham uma função idêntica em ambientes semelhantes. A figura seguinte ilustra a existência de órgãos análogos entre a asas de um insecto e de uma ave:
A existência de órgãos vestigiais (estruturas que apresentam um desenvolvimento muito reduzido) em algumas espécies, podem ser explicadas devido às diferenças no ambiente ou no modo de vida da espécie. Estes órgãos deverão ter sido funcionais nas espécies ancestrais, mas, por evolução, tornaram-se desnecessários ou não funcionais, numas espécies, enquanto que noutras mantém-se funcionais. são exemplos de órgãos vestigiais os membros das cobras, os membros inferiores das baleia, as asas das aves que não voam, o apêndice e os dentes do ciso do Homem. A figura seguinte ilustra os órgão vestigiais do Homem:
Conclui-se que a anatomia comparada foi um argumento a favor do evolucionismo, uma vez que permitiu comprovar a existência de ancestrais comuns entre espécies actualmente muito distintas, reforçando o papel do meio como agente de evolução.
- Embriologia
O estudo dos embriões revela semelhanças nas primeiras fases de desenvolvimento e estruturas comuns em embriões de diferentes grupos.
Na região do pescoço dos vertebrados, existem fossetas branquiais que dão origem nos peixes as fendas branquiais e as guelras. Por sua vez, nos vertebrados, elas desaparecem ao longo do desenvolvimento do embrião, ou originam estruturas internas.
Nos primeiros estádios do desenvolvimento do embrião dos vertebrados o coração destes é formado por um tubo com duas cavidades. Esta forma mantém-se ao longo do desenvolvimento dos peixes. Nos anfíbios há uma evolução para três cavidades por sua vez nos mamíferos e aves para quatro.
- Citologia
O facto de todos os organismos seres constituídos por células, sendo a célula a unidade básica de todos os seres vivos, pode inferir uma origem comum.
As células formam-se a partir de células preexistentes
por fenómenos de mitose e de meiose. A meiose pode ser fonte de variabilidade,
através de fenómenos de separação, migração de cromossomas e cromatídios, e
ocorrência de crossing-over. Os organismos que se reproduzem
sexuadamente apresentam uma maior variabilidade genética que se traduz pela
diversidade de características que estes organismos apresentam ao nível das
suas populações. Assim, se poderá considerar a meiose como promotora da
evolução.- Biogeografia
A Biogeografia é a ciência que analisa a distribuição geográfica dos seres vivos. Esta ciência concluiu que as espécies que vivem próximas e no mesmo ambiente apresentam características semelhantes. Por outro lado, quanto mais afastadas e isoladas forem as espécies maiores são as diferenças entre elas, mesmo que as condições do meio sejam semelhantes. Isto pode ser explicado a partir de fenómenos evolutivos convergente e divergente, respetivamente.
Darwin, na sua longa viagem às ilhas de Cabo Verde e ao arquipélago das Galápagos, pode verificar esta situação.
Um dos exemplos mais conhecidos que apoia esta conceção evolucionista são os mamíferos da Austrália. Todos os mamíferos australianos são marsupiais, ou seja, nascem num estado embrionário e completam o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa materna. Assim os mamíferos australianos são significativamente diferentes dos mamíferos dos restantes continentes. Para conheceres mais sobre os marsupiais acessa o seguinte link: http://www.west1.com.br/bck/west/bck/pages.php?recid=59
- Bioquímica
Todos os seres vivos são constituídos pelas mesmas biomoléculas. O que permite estudar as relações evolutivas é a comparação do DNA com as proteínas dos diversos seres vivos. Estes estudos revelam que os organismos filogeneticamente mais próximos possuem maior semelhança nas sequências do DNA e das proteínas. Assim pode-se reconstruir as relações filogenéticas entre os diferentes seres.
porque essa faze de crescimento dos animais e rapido?
ResponderEliminar